O melhor na literatura nacional e internacional,reunidos num espaço aberto para discussões e comentários,ou somente para tornar a vida do leitor mais doce!Sejam bem-vindos!
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Eu não existo sem você [Vinicius de Moraes]
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você...
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você...
Os Subterrâneos da Liberdade - Agonia da Noite [Jorge Amado]
Avô, mesmo que a gente morra, é melhor morrer de repetição na mão, brigando com o coronel, que morrer em cima da terra, debaixo de relho, sem reagir. Mesmo que seja pra morrer nós deve dividir essas terras, tomar elas para gente. Mesmo que seja um dia só que a gente tenha elas, paga a pena de morrer".
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Vila Real (João Ubaldo Ribeiro)
"Se não entendo tudo, devo ficar contente com o que entendo. E entendo que vejo estas árvores e que tenho direito a minha língua e que posso olhar nos olhos dos estranhos e dizer: não me desculpe por não gostar do que você gosta; não me olhe de cima para baixo; não me envergonhe de minha fala; não diga que minha fala é melhor do que a sua; não diga que eu sou bonito, porque sua mulher nunca ia ter casado comigo; não seja bom comigo, não me faça favor; seja homem, filho da puta, e reconheça que não deve comer o que eu não como, em vez de me falar concordâncias e me passar a mão pela cabeça; assim poderei matar você melhor, como você me mata há tantos anos."
Aos leitores do blog...
Pessoal,pedimos desculpas por não atualizar o blog diariamente.Nós que administramos o mesmo e sempre tentamos trazer aos leitores o melhor da literatura nos encontramos atarefados,trabalhando,e estudando.Pedimos a compreensão de vocês,e sempre que surgir um tempo voltaremos com novas postagens,nem que seja uma por dia,ou por noite.Desde já,agradecemos a compreensão de vocês.
Atenciosamente
Literatura Agridoce
Atenciosamente
Literatura Agridoce
Moacyr Scliar
"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".
Nel mezzo del camim... (Olavo Bilac)
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
sábado, 9 de abril de 2011
Para adoçar a noite: Mario Quintana
AH! OS RELÓGIOS
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Literatura de cordel
Autor: Gonçalo Ferreira da Silva |
terça-feira, 5 de abril de 2011
Meu Ideal Seria Escrever... (Rubem Braga)
A seguir, uma das mais belas crônicas de Rubem Braga. Crônica com a qual a equipe do "LiteraturAgridoce" se identifica e se motiva á trazer aos leitores pequenos instantes de imersão ao encantador mundo da literatura.
domingo, 3 de abril de 2011
Para adoçar esse início de noite, aí vai um delicioso poeminha de Carlos Drummond de Andrade : Lira Romantiquinha
sábado, 2 de abril de 2011
Livros Recomendados
Olá,pessoal!Eis uma lista de livros que recomendamos,e acreditem são realmente muito bons,espero que leiam,e mais ainda,espero que gostem =]
*O ovo apunhalado (Caio Fernando Abreu)
*Primeiras Estórias (Guimarães Rosa)
*Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)
*A Paixão Segundo G. H. (Clarice Lispector)
*Estrela da Vida Inteira (Manuel Bandeira)
*O ovo apunhalado (Caio Fernando Abreu)
*Primeiras Estórias (Guimarães Rosa)
*Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)
*A Paixão Segundo G. H. (Clarice Lispector)
*Estrela da Vida Inteira (Manuel Bandeira)
A menina de lá (Guimarães Rosa)
Primeira aventura de Alexandre(Graciliano Ramos)
Primeira aventura de Alexandre
Graciliano Ramos
Graciliano Ramos
Texto de Clarice Lispector,uma escritora decidida a desvendar os mistérios da alma...
Eu estava comendo a mim mesma.
E ao quinto tambor já estarei inconsciente na minha 126 127 cobiça. Até que de madrugada, aos últimos tambores levíssimos, me encontrarei sem saber como junto a um regato, sem jamais saber o que fiz, ao lado da enorme e cansada cabeça do cavalo.
E ao quinto tambor já estarei inconsciente na minha 126 127 cobiça. Até que de madrugada, aos últimos tambores levíssimos, me encontrarei sem saber como junto a um regato, sem jamais saber o que fiz, ao lado da enorme e cansada cabeça do cavalo.
Trecho de Contos D'Escárnio,Textos Grotescos,de Hilda Hilst
O que eu podia fazer com as mulheres além de foder? Quando eram cultas, simplesmente me enojavam. Não sei se alguns de vocês já foderam com mulher culta ou coisa que o valha. Olhares misteriosos, pequenas citações a cada instante, afagos desprezíveis de mãozinhas sabidas, intempestivos discursos sobre a transitoriedade dos prazeres, mas como adoram o dinheiro as cadelonas! Uma delas, trintona, Flora, advogada que tinha um rabo brancão e a pele lisa igual à baga de jaca, citava Lucrécio enquanto me afagava os culhões e encostava nas bochechas translúcidas a minha caceta: ó Crasso (até aí o texto é dela) e depois Lucrécio: "o homem que vê claro lança de si os negócios e procura antes de tudo compreender a natureza das coisas". A natureza da própria pomba ela compreendia muito bem. Queria umas três vezes por noite o meu pau rombudo lá dentro. E antes desse meu esforço queria também a minha pobre língua se adentrando frenética naquela caverna vermelhona e úmida. Empapava os lençóis. Era preciso enxugá-la com uma bela toalha felpuda antes de meter na dita cuja. Na hora do gozo ria.
isso não é normal Flora.
bobinho! Isso é vida, alegria, o amor é alegre, Crassinho.
isso não é normal Flora.
bobinho! Isso é vida, alegria, o amor é alegre, Crassinho.
João Guimarães Rosa
"Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."
quinta-feira, 31 de março de 2011
Para inaugurar o blog,um texto do gênio,Caio Fernando Abreu!
"...Então,que seja doce.
Repito todas as manhãs,ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias,bem assim,que seja doce.
Quando há sol,e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar,feito um pequeno universo;repito sete vezes para dar sorte:que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas,se alguém me perguntasse o que deverá ser doce,talvez não saiba responder.Tudo é tão vago como se fosse nada(...)
Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você.Que sejam doce os finais de tardes,inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar.
Que seja doce a espera pelas mensagens,ligações e recadinhos bonitinhos.Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone.Que seja doce o seu cheiro.Que seja doce o seu jeito,seus olhares,seu receio.
Que seja doce o seu modo de andar,de sentir,de demonstrar afeto.Que sejam doce suas expressões faciais,até o levantar de sobrancelha.Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado.
Que seja doce a ausência do meu medo.Que seja doce o seu abraço.Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão.Que seja doce.Que sejamos doce.E seremos,eu sei..." Caio Fernando Abreu
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